Nota Histórico-Artistica: |
Embora alguns vestígios recolhidos no local pareçam confirmar a sua fruição ainda em pleno Neolítico, foi, sem dúvida, do Bronze Final e da I Idade do Ferro que nos chegaram mais exemplares artefactuais da ocupação deste povoado fortificado localizado num cabeço sobranceiro à vertente Sudeste de Castelo Branco, que acabaria por ser posteriormente romanizado entre os séculos I e IV d. C.
Restando do possível sistema defensivo original pouco mais do que alguns resquícios de muros executados em granito e alvenaria, foi, entretanto, detectada na área intramuros a presença de algumas estruturas domésticas, ao passo que as escavações realizadas no início do século XX pelo estudioso Francisco Tavares Proença Júnior permitiram localizar três estelas epigrafadas datadas da Idade do Bronze na zona exterior do complexo, junto à muralha. O espólio encontrado durante as investigações poderá ser examinado no Museu, com o mesmo nome desta proeminente figura da cultura nacional, instalado no antigo Paço Episcopal de Castelo Branco desde 1971.
A reutilização tão duradoura deste sítio arqueológico poderá ser compreendida à luz de alguns preceitos cultuais, evidenciados, quer durante os períodos mencionados, quer em épocas muçulmana, medieval e moderna, como parecem atestar as romarias realizadas ainda hoje em torno da capela de São Martinho.
[AMartins]
(Info disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=73973) |