Conjunto arquitectónico formado pela Casa da Torre, vestígios de fortificações e cisterna existentes na cerca, Capela do Calvário, Igreja Paroquial e Solar Quevedo Pessanha

Designação
Designação: Conjunto arquitectónico formado pela Casa da Torre, vestígios de fortificações e cisterna existentes na cerca, Capela do Calvário, Igreja Paroquial e Solar Quevedo Pessanha
Localização
Distrito: Castelo Branco
Concelho: Belmonte
Freguesia: Caria
Morada:
Georreferenciação: Latitude: 40.29720, / Longitude: -7.36289
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: A designada Casa da Torre foi construída no início do século XIV para servir de residência aos Bispos da Guarda. Esta edificação revestia-se do maior significado, uma vez que depois do restabelecimento da antiga diocese da Egitânia, em 1190, foi necessário disputar com a Diocese de Coimbra os antigos territórios da sua jurisdição (NOGUEIRA, pp. 68-69). Caria era uma das mais importantes povoações da renovada diocese, e como tal o Bispo da Guarda mandou construir uma residência no centro da localidade, com a intenção de "(...) impor o seu poder na região, onde o poder dos bispos de Coimbra, outrora detentores do senhorio de Belmonte, ainda se fazia sentir (...)" (Idem, ibidem, p. 70). Segundo uma inscrição gravada no portal posterior da casa, a traça da obra foi executada por Frei Martinho de Alcobaça, tendo sido Mestre Afonso Peres o responsável pela edificação (Idem, ibidem, p. 69). Construído sobre a estrutura de uma torre medieval que hipoteticamente teria pertencido ao Castelo de Caria, a estrutura primitiva do paço episcopal foi alterado por uma campanha de obras de renovação executada em 1792, conforme indica outra inscrição, colocada sobre o portal principal da casa (Idem, ibidem, p. 68-69). De planimetria rectangular, disposta longitudinalmente, a Casa da Torre divide-se em três pisos, sendo a fachada principal precedida por escadaria. O frontispício, à semelhança dos edifícios solarengos setecentistas, é marcado pela disposição regular de janelas rectangulares. A fachada posterior mantém a tipologia medieval, apresentando no piso térreo um portal de arco quebrado, através do qual se acede ao pátio interior da casa, onde ainda se conservam "(...) uma cisterna, um tanque, um lagar e alguns vestígios da fortaleza." (Idem, ibidem, p. 68) Catarina Oliveira IPPAR/2006 (Info disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=73267. Imagem captada em abril 2024 @Google)
Proteção
Situação: Em Vias de Classificação (Homologado como IIP - Imóvel de Interesse Público)
Diploma de Classificação: Edital de 4-01-2005 da CM de Belmonte
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):