Capela de Santa Cruz

Designação
Designação: Capela de Santa Cruz
Localização
Distrito: Castelo Branco
Concelho: Covilhã
Freguesia: Covilhã e Canhoso
Morada: Sítio do Calvário
Georreferenciação: Latitude: 40.281809 / Longitude: -7.508161
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: Segundo a tradição local, a Capela de Santa Cruz, ou do Calvário, foi fundada na primeira metade do século XV pelo Infante D. Henrique, Duque de Viseu e senhor de um vasto território na Beira Alta que incluía a Covilhã. No entanto, pouco restará do templo gótico primitivo, uma vez que o Infante D. Luís, filho de D. Manuel e senhor da Covilhã, mandou reformar o espaço no século XVI. Cerca de 1570 era instituída no templo a Irmandade de Nossa Senhora de Vera Cruz, destinada aos "moços solteiros" da povoação. A capela desenvolve-se em planta longitudinal, composta por dois volumes diferenciados, correspondentes à nave e à capela-mor. No exterior possui dois alpendres, um de secção rectangular que antecede a fachada principal, assente sobre oito colunas toscanas, outro, quadrado, adossado ao portal lateral do templo e também apoiado em colunas toscanas. O portal principal, de arco pleno, é ladeado por duas janelas quadrangulares. Em ambas as fachadas laterais foram rasgados portais de acesso ao interior, de moldura rectangular simples. O edifício possui ainda, junto ao remate das fachadas, gárgulas de canhão. O interior, de nave única, apresenta um programa decorativo, executado no século XVII, de gosto barroco. O espaço é coberto por tecto de caixotões pintados com cenas da Vida de Cristo, rematados com molduras de talha dourada. Do lado do Evangelho foi colocado o púlpito, de secção cúbica, em talha dourada. A capela-mor é antecedida pelo arco triunfal, em talha que apresenta um programa decorativo semelhante ao retábulo principal, e o espaço adjacente foi dividido em vários painéis, decorados com elementos fitomórficos inseridos num fundo policromado. Coberta por falsa abóbada de berço, em madeira policromada, a capela-mor alberga sobre o altar um retábulo de talha dourada de estilo nacional. O tecto da capela foi restaurado no século XIX, sendo então repintado por Manuel de Morais da Silva Ramos, pintor local conhecido na região com Morais do Convento. Catarina Oliveira GIF/IPPAR/ 15 de Junho de 2005 (Info/imagem disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=74245)
Proteção
Situação: Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Diploma de Classificação: Decreto n.º 42 692, DG, I Série, n.º 276, de 30-11-1959
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):