Nota Histórico-Artistica: |
Situada sobre a ribeira da Meimoa a cerca de 12 quilómetros do Fundão, na estrada que liga as Freguesias de Valverde e Peroviseu, é um exemplo de uma obra da tradição da arquitectura civil romana.
Nesse período encontrar-se-ia no limite de uma civitas, facto atestado por um marco territorial (terminus augustalis) encontrado perto da localidade, de que actualmente só se conhece cópia. De acordo com a inscrição, seria aí o limite Norte de Igaeditania (Idanha-a-Velha), que se confrontaria com o limite Sul da civitas dos Lancienses Transcudani.
O topónimo que actualmente denomina a localidade será eventualmente uma referência a Pêro da Covilhã, também conhecido como Pêro de Viseu, que aqui viveu. Ponte simétrica em granito, com três arcos de volta perfeita com aduelas bem aparelhadas, dispostas em cunha, sendo o central o de maior vão. Os dois talhamares encontram-se bem integrados na estrutura sendo constituídos por silhares bem aparelhados. O tabuleiro da ponte é plano, sendo ainda visíveis vestígios lajes da antiga calçada e as suas guardas são blocos paralelepípedos de granito.
Na envolvente foram encontrados vários vestígios da época romana, como cerâmica de construção e de uso comum e inscrições que se encontram depositadas no Museu José Monteiro do Fundão.
Terá sofrido trabalhos em finais do século XVII, sendo referenciada nas Memórias Paroquiais de 1758. (JAM)
(Info/imagem disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=327714) |