Conjunto arquitectónico e arqueológico de Idanha-a-Velha

Designação
Designação: Conjunto arquitectónico e arqueológico de Idanha-a-Velha
Localização
Distrito: Castelo Branco
Concelho: Idanha-a-Nova
Freguesia: União de freguesias de Monsanto e Idanha-a-Velha
Morada: Idanha-a-Nova, União de freguesias de Monsanto e Idanha-a-Velha, Postiguinho de Valadares – Idanha-a-Velha
Georreferenciação: Latitude: 39.996402 / Longitude: -7.144017
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: Os vários povos que passaram por Idanha-a-Velha (a antiga Egitânia romana) deixaram diversos vestígios monumentais. Com efeito, Idanha-a-Velha foi a capital da civitas Igaeditanorum, que parece ter sido fundada por Augusto. Não tendo existido oppidae anteriores, este facto teve, provavelmente, como consequência imediata um maior investimento na área construtiva do que nas povoações onde aquelas estruturas já existiam. Estas edificações eram dirigidas pelos magistri eleitos, que governavam a sua respectiva civitas por não possuírem o ius Latii. Entre outras características construtivas, constatamos que Idanha-a-Velha não possui acrópole, como sucederia normalmente noutras cidades romanas, talvez por ter sido erguida numa ligeira ondulação de terreno. Todavia, tal facto não impediu que o seu principal centro cívico fosse instalado num dos seus pontos mais elevados, coroando a povoação, embora de uma forma menos evidente e monumental. Embora não detenhamos, ainda, todos os dados necessários à possível reconstituição abrangente e fiel do forum (tal como sucede em Conímbriga), os vestígios arqueológicos de Idanha-a-Velha possibilitam, contudo, localizá-lo. É o caso do podium do templo romano que lhe pertencia, perfazendo aquele que era considerado um verdadeiro centro cívico e religioso da cidade romana. Sobre esta estrutura foi posteriormente erguida uma torre de menagem pelos templários, encontrando-se a Sul do forum vestígios de uma construção romana, provavelmente reportáveis às termas da cidade do século III d.C. Das diversas igrejas existentes, sobressai a imponente basílica paleocristã, de três naves (convertida mais tarde em basílica visigótica), eventualmente fundada no século IV, quando Idanha-a-Velha foi sede de bispado e, por conseguinte, uma das povoações mais importantes de toda a região da Beira interior. Esta "basílica" foi sujeita a uma campanha de remodelação durante o século IX, sendo posteriormente adaptada a outros estilos entre os séculos XIV e XVI. No entretanto, era erguida a "Torre dos Templários" precisamente sobre o embasamento de um templo romano, na antiga zona do forum, sobre a qual seria construído um templo medieval. Para além destes edifícios, existia um vasto circuito de muralhas eventualmente subsidiário de uma primeira fortificação datada do século II, e que foi sujeito a remodelações ao longo do século IX, e a reforços durante o período dionísio. Desde alguns anos a esta parte que decorre um projecto integrado de conservação e valorização dos diversos edifícios históricos constitutivos do conjunto monumental de Idanha-a-Velha, promovido pelo IPPAR, baseado na estratégia de valorização de toda a povoação. Assim, entre outras intervenções, criou-se um passadiço de visita no coroamento da muralha na zona da "Porta Norte", reconstruindo-se os torreões aí existentes e projectando a reconstrução de uma antiga casa de fundação manuelina para instalação do posto de turismo de Idanha-a-Velha, realizado no âmbito da filosofia de intervenção nos monumentos arqueológicos visitáveis, tendente a criar infra-estruturas imprescindíveis ao melhoramento da interpretação dos sítios visitados, ao mesmo tempo que a regular e disciplinar os fluxos de visita. [AMartins] (Info/imagem disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=70554)
Proteção
Situação: Classificado como MN - Monumento Nacional
Diploma de Classificação: Decreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):