Edificio nº 9-13 na rua Francisco Alvares. Covilhã

Designação
Designação: Edificio nº 9-13 na rua Francisco Alvares. Covilhã
Localização
Distrito: Castelo Branco
Concelho: Covilhã
Freguesia: União de freguesias da Covilhã e Canhoso
Morada: Rua do Beato Francisco Alvares, 9-13 Covilhã
Georreferenciação: Latitude: / Longitude:
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: Ao longo do século XIX, com o avanço da industrialização têxtil e subsequente ascensão da burguesia liberal, assiste-se à renovação urbana da cidade da Covilhã, que torna visíveis construções de feição burguesa que ostentam fortunas pessoais e um novo estatuto social distante do da nobreza fundiária. É este o ambiente de circunstância da história desta casa. Os primeiros registos a ela atribuídos encontram-se na Conservatória do Registo Predial e Comercial da Covilhã. Um respeita a “Descripção Predial do Registo de Propriedade nº 445” na que o imóvel aparece como “Casa sita aos Penedos em Santa Marinha (…)”, assento referente a uma escritura pública de 3 de janeiro de 1863, registada em julho de 1871. Outro alude a um documento de hipoteca, que representará outra das suas primeiras referências temporais escritas, em setembro de 1880. Citado na bibliografia local, aparece como “edifício residencial da rua Beato Francisco Álvares” e como “fazendo parte dos itinerários da Arte Nova do concelho da Covilhã,” do qual se relevam azulejaria e ferro. De facto, quer os azulejos, simples ou figurativos, de motivos essencialmente florais, quer o ferro fundido, nas varandas de sacada e portão, estão presentes na decoração da sua fachada. Destaca-se, ainda aqui, o guarnecimento a cantaria de janelas e portas. Esta habitação apresenta quatro pisos na sua fachada principal, revestida a azulejos, mas, resguarda no tardoz um piso a menos e um acrescento de corpo, ao nível do 1º andar. Foi recentemente (2022) restaurada e reconvertida, fazendo parte da ampliação do hotel contíguo, o Pena d´Água Boutique Hotel. Ao nível dos interiores, destacam-se revestimentos de madeira trabalhada em paredes (lambrins), grades de balaústres, chão, janelas e portas, vidros coloridos e martelados, tetos de caixotão, estuques e alguns mosaicos ditos hidráulicos. Acrescem-se uns azulejos embutidos, já de gramática decorativa de transição pós Arte Nova, assim como alguns elementos Art Déco nas madeiras e ferragens das portas e ao nível dos embutidos, em alguns pisos, do chão de madeira. Reconstruída em 1902, o seu exterior, de algum modo, traz à memória moradias da cidade do Porto, v.g. as situadas nos quarteirões contíguos e na proximidade das Belas Artes e também as da cidade de Braga, no seu centro histórico. No geral, apresentam-se “elementos formais e decorativos” reveladores do “caracter eclético do edifício, na medida em que se identificam componentes revivalistas, de inspiração árabe (arcos de ferradura ou mouriscos), a decoração aplicada arte-novizante, nos apontamentos azulejares florais (colocados, como habitual, na parte superior do edifício), na serralharia de linhas sinuosas de ferro fundido (cingidas ao portão de entrada) e ainda motivos Art Déco (…)”, no seu interior.
Proteção
Situação:
Diploma de Classificação:
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):