| Nota Histórico-Artistica: |
Este mosteiro, que passou para a Ordem de Cister e a ser feminino por volta de 1200, mas cuja fundação deverá remontar à primeira reconquista da cidade de Coimbra (878), veio a sofrer transformações no século XII (c. 1180), de que apenas subsistem hoje os capitéis românicos, e grandes campanhas de obras nos séculos XVII e XVIII, que lhe conferiram o aspeto atual. Os corpos da igreja, claustro, dormitórios e antigo hospício apresentam uma disposição irregular aproveitando as características do terreno, com destaque para a cúpula do zimbório. Conquanto a remodelação do mosteiro tenha sido iniciada nos finais do século XVI, incidindo no claustro, que se aproxima dos modelos maneiristas coimbrões, e prosseguindo no seguinte, já marcadamente barroco, a igreja foi reconstruída entre 1748 e 1761 e integra-se na linha do barroco joanino de Mafra. No campo da talha setecentista nacional, destaca-se o cadeiral de madeira em jacarandá e nogueira (1742- 1747), e salientam-se ainda, os túmulos de prata das santas (1715), os retábulos de pedra e talha dourada, o órgão setecentista neoclássico de dupla fachada (1795), a grade de separação do coro e da nave, exemplar raro de aplicações de bronze sobre ferro forjado, as telas de Pasquale Parente (1790), e, na Sala do Capítulo, os azulejos de padrão policromados maneiristas. |
