Casa da Quinta do Tanque, ou dos Cerveiras, e grupo escultórico de São Cosme e São Damião existente na capela anexa à referida casa

Designação
Designação: Casa da Quinta do Tanque, ou dos Cerveiras, e grupo escultórico de São Cosme e São Damião existente na capela anexa à referida casa
Localização
Distrito: Aveiro
Concelho: Anadia
Freguesia: União de Freguesias de Tamengos, Aguim e Óis do Bairro
Morada: Rua D' Avale
Georreferenciação: Latitude: 40.415076 / Longitude: -8.449187
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: A Casa dos Cerveira foi construída já no final do século XVIII, muito embora o portão de acesso ao pátio possa ser de época mais recuada (GONÇALVES, 1959). Trata-se de um edifício de linhas depuradas, que se desenvolve em dois pisos com mansarda. A fachada principal é seccionada por pilastras que a dividem em três corpos, todos eles rasgados por vãos simétricos. Nas extremidades, abrem-se janelas de verga recta com moldura e, no corpo central, duas janelas ladeiam a porta do piso térreo, correspondendo-lhes janelas de sacada no andar nobre, com varanda única. Entre o vão central e a cornija, exibe-se o brasão dos Cerveira que, segundo António Nogueira Gonçalves não apresenta rigor heráldico: "falsamente esquartelado; no primeiro cruz florida e vazia de campo; o terceiro contra-esquartelado de leão e quinas, por Sousa; o segundo e o quarto não devem passar duma simples pala com duas cervas que um traço separou; timbre uma cerva. O bispo D. José, irmão do Dr. António Xavier Cerveira e Sousa, usou o escudo partido: na primeira pala a cruz referida; a segunda cortada, tendo no primeiro as duas cervas e no segundo os móveis dos Sousas, como se vê na sepultura em Mogofores" (IDEM). A capela, que se encontra à direita foi construída em época posterior, entre 1842 e 1844, conforme se depreende da leitura da lápide de Maria José Pereira e Costa. Casada com António Xavier Cerveira e Souza e falecida em 1842, o seu corpo foi trasladado para a capela, construída para seu jazigo, em 1844. No seu interior ganha especial interesse o retábulo renscentista dedicado aos santos físicos São Cosme e São Damião. Datável das décadas de 20-30 do século XVI, este magnífico retábulo em calcário tem vindo a ser atribuído a João de Ruão (GRAÇA, 1940; BORGES, 1980, p. 53). Não se conhece a origem desta peça, embora tenha inscrito o brasão do seu encomendador. Uma vez que a capela remonta ao século XIX e até á data não há notícia de uma construção anterior na casa, o retábulo veio, certamente, de uma outra capela da região, que permanece desconhecida. (RC) (Info disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=74434, Imagem captada em abril 2024 @Google)
Proteção
Situação: Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Diploma de Classificação: Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):