Paço de Óis

Designação
Designação: Paço de Óis
Localização
Distrito: Aveiro
Concelho: Anadia
Freguesia: Tamengos, Aguim e Óis do Bairro
Morada: Largo do Freixo
Georreferenciação: Latitude: 40.43367 / Longitude: -8.484525
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: O Paço de Óis, tal como hoje o conhecemos, com a sua planta em U fechada pelo muro com brasão de armas dos Castelo Branco, é uma edificação cujo corpo mais antigo remonta ao século XVII e o mais recente ao século XX, conjugando-se, no entanto, num todo harmónico, que reflecte a sobreposição de linguagens arquitectónicas próprias de cada época, as necessidades habitacionais sentidas pelos proprietários e, também, as consequências de um grande incêndio, ocorrido já no século XX e que destruiu boa parte do imóvel. A existência da família Castelo Branco em Óis é bastante remota, tendo sucedido na posse da localidade à mitra de Coimbra que a transferiu, por enfiteuse, em forma de prazo familiar hereditário (LOPES, 1985). O leão rompante do seu brasão surge, ainda, nas sepulturas da capela-mor da igreja de Santo André, o que atesta a importância dos Castelo Branco e o prestígio que os mesmos gozavam. Naturalmente, a sua residência deveria, também ela, constituir um testemunho do seu poder e influência, bem visível no brasão setecentista do portão de entrada. Este, foi executado em meados do século XVIII e é definido por pilastras rematadas por urnas terminando num arco contracurvado, em cujo espaldar se inscreve o referido brasão. O corpo mais antigo, muito possivelmente do século XVII, é do lado direito, caracterizando-se pela abertura de vãos simétricos e regulares, com janelas de sacada no piso nobre, assentes sobre mísulas, nas fachadas Sul e Nascente, e por janelas de verga simples no alçado virado ao pátio. Esta disposição permite concluir da relevância das fachadas abertas para a via pública, visíveis pela população e através das quais se transmitia uma imagem de maior aparato, por oposição às do pátio, apenas acessíveis ao interior da casa e de cariz mais intimista. O corpo do topo já existia no século XVIII, mas foi destruído pelo incêndio, pelo que a ala actual é relativamente recente. Uma varanda alpendrada de planta em U, com remates de cobertura piramidal nas alas laterais, é suportada por colunata, a anteceder o alçado, aberto por portas de verga recta. O acesso exterior faz-se através de dois lanços de escada laterais e paralelos à fachada. A capela, no seu traçado neo-gótico, é uma edificação do último quartel do século XIX, cuja fachada termina em empena muito acentuada coroada por cruz, abrindo-se no alçado lateral duas frestas em arco quebrado. A decoração do espaço interno ocorreu pouco depois, em 1894, valorizando, uma vez mais, os elementos heráldicos da família, pintados no coro (NOGUEIRA, 1959). (Rosário Carvalho) (Info/imagem disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=327698)
Proteção
Situação: Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Diploma de Classificação: Decreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):