Teatro Aveirense

Designação
Designação: Teatro Aveirense
Localização
Distrito: Aveiro
Concelho: Aveiro
Freguesia: União das Freguesias de Glória e Vera Cruz
Morada: Rua 31 de Janeiro e Rua Belém do Pará
Georreferenciação: Latitude: 40.640169 / Longitude: -8.654011
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: Depois de a Câmara Municipal ter adquirido, em meados dos anos cinquenta do século XIX, o terreno necessário à construção do "Teatro Aveirense", lançou-se de imediato a primeira pedra após mobilizarem-se as principais forças sociais e económicas da cidade nesse sentido. Apesar deste empenho inicial, as obras foram interrompidas logo em 1858, por falta de capital, até que, no final da década de setenta se conseguiu formar um grupo responsável pela sua edificação e futura gestão do espaço, a "Sociedade Construtora e Administrativa do Teatro Aveirense". Estava-se, na verdade, numa época em que as mentalidades tendiam a ser profundamente alteradas, sobretudo pelo enraizamento de uma enorme ânsia de saber e de uma maior participação activa nas actividades culturais, profusamente professadas pela sociedade mais "ilustrada" do tempo. Neste sentido, o Teatro Aveirense vinha responder a uma série de aspirações burguesas, embora as manifestações de carácter teatral já ocorressem há algum tempo na cidade que o acolheu. A inauguração do Teatro ocorreu em finais de 1881, enquanto a peça de estreia era encenada pela Companhia do Teatro Nacional de D. Maria II no mês de Março do ano seguinte, que se manteve durante certo tempo na cidade com representações diárias. E as peças levadas à cena do Teatro Aveirense por uma companhia tão importante quanto a Nacional atraíram vários nomes consagrados do mundo das Artes do Espectáculo, quer nacional, quer internacional. Com o fim do regime monárquico, o Teatro encerrou para obras de adaptação a novas funcionalidades, de que o cinematógrafo seria um bom exemplo, assim que foi aberto ao público aveirense em 1912. Parece, no entanto, que as remodelações então efectuadas não terão sido suficientes para animar as gentes locais a procurar o seu espaço, de algum modo inadequado às exigências do público e das próprias companhias de Teatro, Dança e Ópera. Estas terão sido as razões principais pelas quais se procedeu a uma nova reformulação do seu interior, sob risco de Ernesto Camilo Korrodi, já em finais dos anos quarenta, embora se revelasse insuficiente para ultrapassar a profunda crise entretanto instalada, numa altura em que a cidade já desfrutava de um apreciável conjunto de ofertas culturais nas áreas tradicionalmente desenvolvidas pelo Teatro Aveirense. Finalmente, em1998, e visando a preservação do imóvel, a autarquia adquiriu o edifício do Teatro, ao mesmo tempo que se propunha uma série de intervenções destinada ao ajustamento funcional do seu espaço às novas exigências, quer em termos de comodidade, quer, sobretudo, das próprias Artes de Palco. O Teatro foi reaberto em Outubro de 2003, com a presença de altas individualidades nacionais, enquanto o público reapreciava o edifício erguido no centro da cidade com linhas sóbrias de raízes neoclássicas, onde os diferentes pisos se articulam de um modo ritmado conferido pela presença harmoniosa de três grandes janelas que rasgam o alçado principal, ladeadas por dois baixos relevos alusivos às Artes do Espectáculo. [ACNM] (Info/imagem disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=155610)
Proteção
Situação: Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Diploma de Classificação: Decreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):