Vila Africana, incluindo os jardins e o muro envolvente

Designação
Designação: Vila Africana, incluindo os jardins e o muro envolvente
Localização
Distrito: Aveiro
Concelho: Ílhavo
Freguesia: Ílhavo (São Salvador)
Morada: Rua Vasco da Gama, 105
Georreferenciação: Latitude: 40.606586 / Longitude: -8.660390
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: A região de Aveiro destaca-se pelo conjunto de imóveis Arte Nova que aqui se desenvolveram no início do século XX, constituindo a denominada Vila Africana um dos seus mais significativos exemplos. Situada em Ílhavo, esta habitação unifamiliar impõe-se pela sua volumetria pouco uniforme, pela organicidade de alguns dos vãos, e pelo notável conjunto de cantarias trabalhadas que exibe, a par de azulejos de diversas tonalidades e motivos. Na fachada principal, a entrada é feita através de um duplo lanço de escadas, paralelo ao frontispício, protegido por uma gradaria de formas orgânicas, muito ao gosto Arte Nova. Antecede a entrada um alpendre suportado por colunas profusamente decoradas. Um friso de azulejos de motivos florais percorre todo o edifício junto à cornija. A porta oval do piso térreo, relaciona-se com a janela superior, decorada por elementos de inspiração natural e uma máscara central. A forma oval repete-se no vão de dimensões reduzidas que coroa o corpo mais alto, uma espécie de torreão, com remate em coruchéu. Sobre a referida janela, um painel de azulejo envolto por folhagem, exibe a designação da casa. Do lado oposto abre-se uma outra janela geminada. Esta fachada Arte Nova contrasta vivamente com as restantes, bastante mais depuradas. Tal diferença deve-se à interrupção das obras da casa, em consequência da I Guerra Mundial. Na verdade, a Vila Africana foi erguida entre 1907 e 1908 a expensas do Dr. José Vaz, que encomendou o projecto arquitectónico ao pintor e decorador regional José de Pinho, com várias outras obras nas proximidades. O eclodir da Grande Guerra levou à interrupção dos trabalhos, recomeçados anos mais tarde, mas certamente com menos recursos do que os iniciais e já numa outra conjuntura (Processo de Classificação, IPPAR/DRC). O interior encontra-se muito descaracterizado conservando, da estrutura original, apenas as portas de madeira, com bandeira superior e vidros coloridos. O terreno em torno da casa é protegido por um muro, de cantaria e grades também Arte Nova, conferindo uma grande unidade ao projecto. (Rosário Carvalho) (Info disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=3921293)
Proteção
Situação: Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público
Diploma de Classificação: Portaria n.º 203/2014, DR, 2.ª série, n.º 51, de 13-03-2014
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):