Nota Histórico-Artistica: |
O início da construção deste mosteiro datará dos primórdios da nacionalidade, mas, em meados do século XII, altura em que uma primitiva comunidade de monges beneditinos (ou eremitas) aqui se instalou, vindo a adotar a Ordem de Cister na década de 70 deste século, foi dado início à sua atual configuração. Conquanto apresente as dominantes essenciais da singeleza cisterciense, como as linhas austeras e rígidas, a ausência de decoração e a sobriedade, pressente-se a ambição do projeto inicial, que não terá sido inteiramente reproduzido, possivelmente por falta de verbas, pela elevação à mesma altura da nave central e do transepto saliente. Apresentava planta em cruz latina, com três nave, transepto saliente e capela-mor, cuja tipologia foi alterada nas obras de restauro nas décadas de 30 e 40 do seculo XX, originando uma cabeceira tripartida escalonada. O claustro, que foi construído quase um século depois da igreja, foi arrasado em 1927. Destaca-se a Sala do Capítulo e a abertura tripartida para o claustro. No interior, salienta-se o retábulo de talha dourada, em “estilo nacional”, na capela-mor. Aqui se encontra sepultado Frei Bernardo de Brito, cronista mor de Portugal, monge do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. |