Nota Histórico-Artistica: |
As mais antigas referências à povoação de Avelar datam de 1137, quando D. Afonso Henriques cita o "Avellaal" no foral que então concedia a Penela. A Herdade de Avelar, até então na posse da coroa, foi coutada e doada por D. Afonso II ao seu alferes-mor, Martim Anes, em 1221. A povoação passou a ser vila e sede de concelho em 1514, quando recebeu foral outorgado por D. Manuel I. Veio a pertencer à Casa dos Marqueses e Duques de Vila Real, e por extinção desta à Casa do Infantado, na pessoa do Infante D. Pedro. Em 1836, Avelar foi integrada no concelho de Chão de Couce, e após a sua extinção, em 1855, no de Figueiró dos Vinhos, do qual viria ainda a ser desanexada em 1895, para passar a incorporar o concelho de Ansião, ao qual pertence actualmente. Da sua antiga e perdida autonomia resta um pelourinho, hoje implantado longe do seu local original, num pequeno largo.
Sobre um soco de três degraus quadrangulares, de pedra aparelhada e gatada, sem rebordo, ergue-se o conjunto da base, coluna e remate, em calcário. A base da coluna é um paralelepípedo liso, semelhante a um quarto degrau, encimado por uma peça circular, de onde irrompe o fuste, liso e cilíndrico. É rematado por um pequeno troço cilíndrico ligeiramente saliente, decorado com caneluras verticais pouco regulares (não possuem todas a mesma altura), ao modo de capitel. Sobre este assenta o remate do pelourinho, constituído por uma pinha com estrias helicoidais, truncada no topo, onde é interrompida por um disco ou anelete. O monumento, de tipologia muito singela, deverá remontar ao século XVI, e a data não muito distante da doação do foral manuelino, embora assumindo já a influência da Renascença. SML
(Info disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=73914. Imagem captada em abril 2024 @Google) |