Designação |
Designação: |
Abrigo com gravuras rupestres no Vale do Poio Novo |
Localização |
Distrito: |
Leiria |
Concelho: |
Pombal |
Freguesia: |
Redinha |
Morada: |
Vale do Poio Novo |
Georreferenciação: |
Latitude: 39.980792 / Longitude: -8.552562 |
Descrição Geral |
Nota Histórico-Artistica: |
𝗦𝗶́𝘁𝗶𝗼
O abrigo com gravuras rupestres no Vale do Poio Novo localiza-se na freguesia de Redinha, concelho de Pombal. A povoação de Poios encontra-se a 1,5 km para noroeste, em linha reta, embora a mais próxima seja a de Cabeça da Corte a 1 km para sudeste. Implanta-se no maciço cársico do Sicó na vertente sul do Vale de Poio, a uma altitude de cerca de 150 metros.
Nas imediações foram identificados vários sítios arqueológicos, a maior parte dos quais relativos a grutas com ocupação desde o Paleolítico, nomeadamente Buraca Longa, Buraca Grande e Buraca Escura. A vertente do norte do Vale também revelou uma grande densidade de espólio balizado entre o Paleolítico Superior e a Pré- História Recente.
O monumento corresponde a um abrigo sob rocha onde foram detetados quatro painéis insculpidos. O registo iconográfico é constituído essencialmente por antropomorfos de pequena dimensão que detêm, no entanto, características diversificadas. A integridade deste conjunto poderá estar parcialmente comprometida pelas constantes reavivagens dos pictogramas que podem ter alterado o traço original e camuflado a técnica de gravação. No painel 1 destaca-se a colocação de alguns antropoformos enquadrados por depressões naturais da superfície calcária. O painel 2 exibe três figuras humanas, uma das quais fálica. O seguinte apresenta uma figura coroada com um elemento com cornos. Finalmente, no painel 4 as insculturas são de difícil interpretação.
A cronologia destas gravuras rupestres ainda não se encontra inteiramente esclarecida. Não foram efetuadas escavações arqueológicas no abrigo, uma vez que este não tem sedimentos depostos. Com base em paralelos formais é possível atribuí-las à Proto-História.
𝗛𝗶𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗮
A descoberta deste abrigo deve-se a Helena Moura e Thierry Aubry, realizada no âmbito de um trabalho de prospeção em 1990. Os investigadores procederam ao registo do sítio e à sua divulgação. Após esta intervenção não voltaram a ser conduzidos trabalhos arqueológicos neste espaço.
Ana Vale
DGPC, 2019
(Info disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=71485) |
Proteção |
Situação: |
Classificado como IM - Interesse Municipal |
Diploma de Classificação: |
Decreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997, (a classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001) |
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP): |
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