Nota Histórico-Artistica: |
Redinha é uma igreja do ciclo manuelino que presumivelmente substituiu outra, anterior, devida aos templários (primeiros senhores da povoação e que aqui terão edificado um recinto militar), da qual nada hoje resta. O templo que se conhece começou a ser construído nos primeiros anos do século XVI. Em 1503 temos a primeira referência à obra e consta de uma conclusão do visitador, que pretendeu obrigar o comendador da Redinha, D. Luís de Vasconcelos e Sousa, a reparar a capela-mor, ao mesmo tempo que o corpo do templo devia ser mantido pelos fregueses da paróquia. O estado de ruína em que o monumento se deveria encontrar não motivou uma acção reconstrutiva imediata, pelo que a obrigação de se efectuarem obras foi renovada a 15 de Março de 1508, em nova visitação ao local.
É o resultado de uma campanha de obras que se seguiu a essas referências cronológicas que podemos hoje observar. O monumento é composto por nave única e capela-mor quadrangular, sendo o corpo enriquecido por duas capelas e torre sineira de provável construção posterior (séc. XVII), em cujo piso térreo se abre a capela baptismal. A fachada principal concentrou o essencial do projecto manuelino, em particular ao nível do portal, de arco festonado, assente em colunas torsas e decorado com elementos florais. Na fachada meridional, uma galilé evidencia o carácter de passagem da localidade, a caminho de Coimbra. No interior, destaca-se a decoração renascentista de uma das capelas.
PAF
(Info/imagem disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=74221) |