Edifício que foi residência de Guilherme e João Diogo Stephens, com os seus jardins

Designação
Designação: Edifício que foi residência de Guilherme e João Diogo Stephens, com os seus jardins
Localização
Distrito: Leiria
Concelho: Marinha Grande
Freguesia: Marinha Grande
Morada: Praça Guilherme Stephens
Georreferenciação: Latitude: 39.749464 / Longitude: -8.933533
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: A história da Marinha Grande encontra-se intimamente ligada ao desenvolvimento da indústria do vidro, no contexto da qual se destaca Guilherme Stephens. Este, adquiriu, em 1769, a antiga fábrica de John Beare, a funcionar desde 1748, e respectivos terrenos, o que lhe permitiu erguer uma nova, beneficiando, em muito, do apoio do Marquês de Pombal, que chegou a ceder a lenha do pinhal de Leiria, como o comprova a inscrição hoje presente no Museu do Vidro. A antiga residência do proprietário inscrevia-se no perímetro da fábrica, da qual faziam parte diversas oficinas ligadas ao fabrico do vidro, outros equipamentos lúdicos, como um teatro ou as escolas, e os jardins, um situado à frente da casa e outro atrás, de âmbito reservado. Aqui viveu Guilherme Stephens e seu irmão, João Diogo, que continuou na direcção da fábrica até à data da sua morte, em 1826. Edificado na segunda metade do século XVIII (1770), este edifício destaca-se pela sua linguagem neoclássica, bem marcada na fachada principal. Dividida em três corpos, separados por pilastras, e coroados por balaustrada (que percorre todo o edifício), ganha especial interesse o central, com remate em frontão triangular. A porta principal, é flanqueada por colunas dóricas e encimada pela varanda da janela do andar nobre, formando uma única composição que marca o eixo do alçado. A Fábrica tornou-se propriedade do Estado após a morte de João Diogo Stephens, e a ideia de criar um museu do vidro nasceu com o Decreto de 1954, através do qual a estrutura foi transformada em Fábrica Escola Irmãos Stephens. Todavia, tal só seria concretizado muitos anos mais tarde. Iniciado o processo em 1994, e atribuído o projecto de reutilização do edifício ao gabinete de arquitectura de José Fava, a estrutura museológica foi inaugurada em 1998. Esta, exibe não apenas a história da evolução do vidro, mas também todos os aspectos tecnológicos e culturais que lhe são inerentes. (Rosário Carvalho) (info/imagem disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=71808)
Proteção
Situação: Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Diploma de Classificação: Decreto n.º 47 508, DG, I Série, n.º 20, de 24-01-1967
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP): Portaria n.º 1069/94, DR, I Série-B, n.º 282, de 7-12-1994 (sem restrições)