Pelourinho de Porto de Mós

Designação
Designação: Pelourinho de Porto de Mós
Localização
Distrito: Leiria
Concelho: Porto de Mós
Freguesia: Porto de Mós - São João Baptista e São Pedro
Morada: Largo do Rossio
Georreferenciação: Latitude: 39.599545 / Longitude: -8.820371
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: 𝗜𝗺𝗼́𝘃𝗲𝗹 Assente sobre um soco de quatro degraus, o cruzeiro de Porto de Mós corresponde a uma coluna de fuste estrido com capitel compósito, encimada por remate superior composto por pináculo vegetalista com dois pequenos escudos e uma cruz. 𝗛𝗶𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗮 Porto de Mós é um concelho muito antigo, tendo recebido primeiro foral da chancelaria de D. Dinis, em 1305, e foral novo de D. Manuel, em 1515. É um documento do Juiz de Porto de Mós datado de 1520 que fornece a primeira notícia da existência de um cruzeiro no Rossio da vila, citando uma sentença dada ao "pee da cruz" e assim denotando que este cruzeiro tinha as mesmas funções de um pelourinho (GOMES, Saul António, 2005, p. 646). Este cruzeiro, de "coluna chanfrada oitavada, lanternim de oito faces com edículas preenchidas por figuras hagiológicas e rematado por uma cruz trevada" (Informação n.º 545/DRCC/2019, p. 10) esteve implantado naquele espaço urbano desde, pelo menos, a década de 20 do século XVI e 1895, quando foi desmontado para que se construísse a Estrada de São Jorge à Chamusca. Segundo as actas da Câmara de Porto de Mós de 1895, este cruzeiro foi depois limpo e reconstruído, pagando-se em Março desse ano "ao Canteiro José Alberto desta Vila a quantia de 8$000 reis pelo seu trabalho de limpar e reconstruir o Cruzeiro de S. Pedro e mudá-lo para o roçio da vila o que ainda se lhe resta" (Informação n.º 545/DRCC/2019, p. 17), tendo sido nessa altura que se mudou o lanternim de remate original por um "capitel de volutas, um remate de bolbo vegetalista e armoriado encimado por uma cruz de braços em duplo bisel" que se manteve em frente da Igreja de São Pedro até cerca de 1940 (Informação n.º 545/DRCC/2019, p. 12). Em meados do século XX, este renovado cruzeiro também não estava já no local, em virtude dos novos traçados viários de Porto de Mós. O remate original do cruzeiro quinhentista, "de forma oitavada, com arcaturas góticas que abrigam ainda restos de imagens", era identificado em 1955 por Gustavo de Matos Sequeira, no decorrer do Inventário da Academia Nacional das Belas Artes, como estando depositado na Igreja de São Pedro (SEQUEIRA, Gustavo de Matos, 1955). Em 1969 iniciou-se um movimento cívico a favor da reposição do antigo cruzeiro do Rossio de Porto de Mós. Baseando-se numa gravura integrada na obra Portugal de Ferdinand Denis, de 1846, o semanário O Mensageiro propunha à Comissão Regional de Turismo de Leiria que promovesse novamente a montagem do cruzeiro. Em sequência, alguns estudos regionais estudaram as gravuras onde era representado o cruzeiro na sua forma original, concluindo-se que a sua estrutura era efectivamente quinhentista, sendo o remate com escudos de quinas semelhante aos que a Casa de Bragança utilizava no período pós-Restauração (RAMOS, Luciano Justo, 1971, p. 64). Porém, a estrutura subsistente, que correspondia à remontagem executada em finais do século XIX com o capitel de volutas, permanecia desmontado na Igreja de São Pedro. No início da década de 1980 a Câmara de Porto de Mós intenta "(re)erguer o monumento no rossio", considerando que este cruzeiro de volutas correspondia ao pelourinho original de Porto de Mós. No ano de 1985 a edilidade optava por executar uma réplica do pelourinho primitivo, embora novos estudos locais feitos à época reafirmassem que nunca havia existido um pelourinho - e sim um cruzeiro, cujos vestígios estavam guardados na Igreja de São Pedro - e tanto o IPPC como a DGEMN se pronunciassem contra a reconstrução de um pelourinho que nunca havia existido. Depois desta data a Câmara terá então procedido à remontagem do cruzeiro de capitel de volutas, sendo este que se encontra, até ao presente, erigido no Rossio de Porto de Mós, e que está classificado como de interesse público. Catarina Oliveira DGPC, 2021 (Info e imagem disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=72899)
Proteção
Situação: Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Diploma de Classificação: Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):