Nota Histórico-Artistica: |
Propriedade do Visconde de Treixedo, por herança da sua mulher D. Maria Eduarda (descendente dos Queirós Pinto, Ataíde, Serpe e Melo, Almeida e Vasconcelos), a Quinta do Chão de São Francisco permaneceu na posse desta família até ao final do século XX, funcionando como residência de verão.
A casa foi construída no século XVIII, e ampliada em 1824 ou 1834 (Processo de Classificação, IPPAR/DRC), incluindo-se neste alargamento a cavalariça, a adega e outras dependências funcionais. O bloco residencial adapta-se ao terreno, apresentando dois pisos na fachada principal e três na lateral esquerda e posterior. No frontispício, muito depurado, apenas há a registar a abertura simétrica das janelas de guilhotina e das portas, sem moldura. No piso térreo encontram-se os compartimentos de vocação agrícola como o lagar e a adega, no segundo a cozinha e arrecadações e, no último, as salas de estar e quartos. Numa das salas exibe-se o brasão das famílias proprietárias do imóvel.
Ainda no âmbito agrícola, encontra-se paralela à fachada lateral esquerda a denominada casa-da-malta que servia para acolher os trabalhadores agrícolas migrantes. Nas traseiras situa-se a casa dos caseiros e um alpendre com forno de pão.
Nos jardins há a destacar a fonte com o nicho onde se encontra a imagem de São Francisco, padroeiro da Quinta.
A capela de Nossa Senhora dos Escravos situa-se na povoação. Nem sempre foi propriedade da Quinta, pois a sua construção, cerca e 1660, foi custeada por Simão Machado e seus descendentes e, depois, pela população local (Processo de Classificação, IPPAR/DRC). A fachada, que termina em frontão de lanços com volutas, é marcada pela abertura, ao centro, do portal com frontão alteado.
(RC)
(Info disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=10509653) |