Nota Histórico-Artistica: |
Da Quinta de Prazias destaca-se a capela, integrada na fachada principal do edifício habitacional, de linguagem maneirista, mas com elementos barrocos posteriormente acrescentados.
É possível reconstituir a história da Casa, ainda que sumariamente, a partir da genealogia dos seus proprietários. O mais antigo que se conhece é Fernão Caeseo, escrivão do concelho de Lafões, a quem a Quinta pertencia no final do século XVI. Depois, manteve-se sempre na posse dos descendentes de Maria de Almeida Barbosa (filha de Fernão Caeseo) e de Jorge de Abreu de Melo, até ao século XIX, passando para a descendência da família Girão, em 1881 (cf. Pedro de Macedo GIRÃO - http://www.girao.net/alcoforado.htm).
A capela e a fachada da habitação definem um dos lados do pátio rectangular e lageado em que se inserem, destacando-se num dos restantes muros, a fonte em forma de urna e com espaldar ondulado, rematado por frontão curvo que interrompe a linearidade do muro. Este espaço oferece grande unidade de tratamento, uma vez que todos os alçados e o pavimento são de granito.
No frontispício da casa rasgam-se portas com molduras boleada, idênticas à da capela, mas esta última ganha especial realce ao ser encimada por um frontão de aletas, com remate curvo, ao centro, e uma cruz no eixo. Ladeiam este frontão duas urnas de grande dimensão. No interior, de nave única, o altar-mor apresenta retábulo de talha dourada e em tons de azul, com uma gramática decorativa rococó.
Apesar da Casa se encontrar delimitada por um muro ameado, interrompido pelo portal, de alguma envergadura, e ao qual se acede através de escadaria, as suas características deixam adivinhar uma habitação solarenga mas de cariz rural, que integra a capela no espaço habitacional, mas sem uma separação acentuada.
(Rosário Carvalho)
(Info disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=73831) |