Igreja matriz de Sezures e respetivo adro

Designação
Designação: Igreja matriz de Sezures e respetivo adro
Localização
Distrito: Viseu
Concelho: Penalva do Castelo
Freguesia: Sezures
Morada:
Georreferenciação: Latitude: 40.700069 / Longitude: -7.630111
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: Implantada num adro, delimitado por um muro, a igreja matriz de Sezures destaca-se pela sua fachada de remate contracurvado, prolongada pela torre sineira que se ergue, à direita, num plano ligeiramente recuado. Não se conhece a data da sua edificação, embora a Irmandade tenha sido instituída em 1704, época em que, com certeza, já o templo se encontrava concluído (CAMPOS, 1989, p. 228). O ano de 1822, inscrito sobre o portal, corresponde à reedificação da fachada e, muito possivelmente, a uma campanha de obras que teve como objectivo a ampliação do corpo da igreja. Esta ideia encontra justificação na parede do lado Sul, onde uma fenda indicia um corte, e no interior, onde o lajeado que reveste o pavimento foi interrompido a partir de metade da nave (IDEM, p. 229). Infelizmente, a inexistência, até à data, de outros dados ou documentos, não nos permitem avançar mais seguramente neste campo, que permanece em aberto. Em todo o caso, e apesar destas lacunas, parece incontestável o valor que a igreja assume no âmbito da freguesia de Sezures, constituindo não apenas um importante pólo religioso, mas também um relevante marco arquitectónico e histórico da localidade. A fachada principal apresenta pilastras nos cunhais, que são prolongadas por imponentes pináculos. Ao centro, o portal principal, em arco abatido, é encimado por frontão triangular curvo e, no mesmo eixo, abre-se a janela de iluminação do coro, com moldura de cantaria muito depurada. Remata o alçado, uma empena de lanços contracurvados, que termina no frontão triangular curvo, onde assenta a cruz. Do lado direito, a torre sineira assenta sobre uma estrutura aberta por um arco de volta perfeita, de forma a permitir a comunicação e passagem. As duas sineiras são rematadas por cornija e pináculo central. O volume da capela-mor e da sacristia destaca-se por não apresentar reboco, e por ser mais avançado, acedendo-se a esta última dependência através de uma escadaria, com alpendre sustentado por coluna. No interior, o espaço é definido pela nave única, com coro alto, um altar colateral, um púlpito, e dois altares colaterais de talha policromada, articulando-se com a capela-mor através do arco triunfal de volta perfeita. O retábulo-mor, de talha, foi dourado em 1716 por Baltasar Pinto da Mota e Francisco de Almeida Tavares (ALVES, 2001). Ainda na capela-mor, o tecto de caixotões, com representações de santos, é uma obra moderna, de 1980, que veio substituir o anterior (CAMPOS, 1989, p. 230). (Rosário Carvalho) (Info disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=71470. Imagem captada em abril 2024 @Google)
Proteção
Situação: Classificado como IM - Interesse Municipal
Diploma de Classificação: A classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):