Mosteiro de Santo Sepulcro ou Mosteiro das Águas Santas

Designação
Designação: Mosteiro de Santo Sepulcro ou Mosteiro das Águas Santas
Localização
Distrito: Viseu
Concelho: Penalva do Castelo
Freguesia: Trancozelos
Morada: Quinta do Mosteiro
Georreferenciação: Latitude: 40.661262 / Longitude: -7.697088
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: A fundação do Mosteiro de Santo Sepulcro, o primeiro da Península Ibérica desta ordem canónica e militar, deve-se à iniciativa de D. Teresa e remonta ao início da nacionalidade. O mosteiro e a povoação, que então passou a ser denominada por Vila Nova do Santo Sepulcro, cresceram durante as centúrias seguintes, beneficiando dos bens que lhe foram sendo doados (SILVA, 1988, p. 83). A este ciclo positivo sucedeu um outro, de decadência, que conduziu o mosteiro à dependência da Comenda de Sezures que, em 1492, ainda mantinha a ligação à segunda casa da Ordem do Santo Sepulcro, sediada em Águas Santas. Todavia, uma bula pontifícia de 1489 ordenara já a união do mosteiro do Santo Sepulcro à Ordem de Malta, razão pela qual se observam várias cruzes, características destes cavaleiros, na antiga cerca monástica (Processo de Classificação, IPPAR/DRC). Com a extinção das ordens religiosas, em 1844, a propriedade foi adquirida pelos Albuquerque, da Casa da Ínsua. As dependências do mosteiro foram transformadas em habitação, configurando uma "casa de pátio fechado", sobradada e com balcão, envolta pelos edifícios de apoio. A igreja, dedicada a Santa Maria de Águas Santas de Vila Nova do Mosteiro, encontra-se em precário estado de conservação (Processo de Classificação, IPPAR/DRC). Trata-se de um templo românico, de dimensões reduzidas, com fachada principal em empena truncada pela sineira, numa solução comum no Norte do país. O portal é definido por duas arquivoltas de volta perfeita com impostas salientes, uma das quais apresenta uma cruz da Ordem do Santo Sepulcro. No interior, de nave única, esta articula-se com a capela-mor através de arco triunfal quebrado. Conservam-se ainda, nas antigas dependências conventuais, várias marcas epigráficas, e há notícia da existência, sob a nave, de sepulturas antropomórficas (ALMEIDA, 1942, p. 18). O acesso ao mosteiro é feito através de uma calçada certamente tardo-medieval, assinalando-se ainda, nas proximidades, uma ponte sobre o rio Dão, com certeza ligada ao mosteiro e à sua fundação. (RC) (Info/imagem disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=155820)
Proteção
Situação: Classificado como MN - Monumento Nacional
Diploma de Classificação: Decreto n.º 2/2023, DR, 1.ª série, n.º 27, de 7-02-2023 (reclassificou como MIN com a designação de MN)
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):