Nota Histórico-Artistica: |
𝗦𝗶́𝘁𝗶𝗼
O Lagar do Fial também conhecido como Lagareta do Vinhal localiza-se no, na União das freguesias de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas, concelho de Tondela, sensivelmente a 1 km, em linha reta, a noroeste da povoação de Nandufe numa zona florestal.
Trata-se de um lagar de vinho rupestre, escavado num afloramento granítico que apresenta um ligeiro declive. A totalidade da superfície talhada estende-se por um comprimento de 7 metros e cerca de 3 de largura. A pia de pisa, de planta retangular, está ligada por um canal a um pio semicircular, descentrado do eixo da estrutura.
Apesar de serem bastante comuns no norte e centro do pais, encontrando-se vestígios semelhantes em Gumirães - Lagareta do Pinhó, em Loureiro de Silgueiros - Lagareta da Quinta do Espinhal, Vila Chã de Sá - Lagareta da Corga e Lagareta da Pedra do Altar, Parada de Gonta - Lagareta de Parada de Gonta, só para citar alguns, mereceram pouca atenção por parte dos investigadores. A inexistência de vestígios associados dificulta a sua total compreensão e, na maior parte dos casos, não permite a atribuição de uma cronologia segura. Catarina Tente apresenta, no entanto, uma proposta de datação que remete para a um período posterior à Alta Idade Média, eventualmente Baixa Idade Média ou até Época Moderna, com base na prática de adaptação das sepulturas rupestres a lagares tipologicamente idênticos ao do Fial. Deverá ser igualmente ser considerada a permanência deste modelo de lagar até ao século passado, o que dificulta igualmente essa atribuição.
𝗛𝗶𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗮
A bibliografia disponível é omissa no que respeita a dados relativos a este engenho. Os trabalhos arqueológicos realizados limitaram-se a uma campanha de limpeza promovida pela Associação Recreativa e Cultural de Caparrosinha e decorreram em 1995, sob a orientação cientifica de Cristina Marques e Maria Clara André.
Ana Vale
DGPC, 2019
(Info disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=69733) |
Diploma de Classificação: |
A classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001 | Decreto n.º 26-A/92, DR, I Série-B, n.º 126, de 1-06-1992 |