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HOMENAGEM AO PADRE SEBASTIÃO VIEIRA

Dados da Peça
Designação/Título: HOMENAGEM AO PADRE SEBASTIÃO VIEIRA
Autor: Manuel Vaz
Morada: Adro da Igreja Matriz, Rua Passal, Castro Daire
Freguesia: Freguesia de Castro Daire
Concelho: Castro Daire
Coordenadas GPS:

40°53'49.8"N 7°56'05.7"W

Data de Inauguração: 23 de Janeiro de 2005
Promotor: Padre Carlos Caria
Materiais da Peça: Bronze
Dimensões/Medidas 400cm x 120cm x 40cm
Descrição/Tema: Nesta peça o mestre escultor Manuel Vaz concilia o gosto naturalista e o espírito clássico com um conceito plástico modernista. Procurou em termos compositivos organizar o elemento figurativo com a forma geométrica, estabelecendo um paralelismo entre o braço esquerdo e a hipotenusa do triângulo, uma vez que em causa está um triângulo rectângulo, e a verticalidade da representação do corpo com a do cateto. Optou por não colocar qualquer pedestal, a peça arranca da relva sem necessidade do referido elemento, pois se existisse, tornaria aquele volume muito mais preso ao solo. Resulta, assim, numa harmónica convivialidade entre a peça, o espaço urbano e o público anónimo de todos os dias. O triângulo é um símbolo de harmonia, de transcendência e no caso da religião cristã remete para a Santíssima Trindade, para o número três, para a figura masculina. Plasticamente é uma forma extremamente dinâmica, mas ao mesmo tempo estável, firme, ascensional, que em conjugação com a figura humana reforça essa projecção no espaço.
Historial: O Padre Sebastião Vieira, mártir, natural de Castro Daire, séc. XVII, foi missionário pela Companhia de Jesus e faleceu no Japão em 1634. Projecto da iniciativa do pároco de Castro Daire, Padre Carlos Caria, desenvolvido com os apoios da fábrica da Igreja e do Município de Castro Daire.Padre Sebastião Vieira, famoso jesuíta autor de vasta bibliografia, missionário do Padroado Português do Japão, que morreu queimado vivo em Yedo a 6.6.1634, foi mestre de Noviços e procurador da Província de Macau, missionou nas Filipinas (1614) e em 1623 foi eleito para ir a Roma como procurador da Província Japonesa, onde chegou em 1626 e foi acolhido da melhor forma pelo papa Urbano VIII. Em 1629 voltou ao Oriente, levando 23 jesuítas de várias nacionalidades. Em 1632 voltou a entrar no Japão, como administrador do bispado. Em 1633 foi mandado prender pelo imperador nipónico, que o condenou à morte por suplício e, após três dias de martírio, foi queimado vivo.
Bibliografia: Informações cedidas pelo escultor Manuel Vaz; http://www.soveral.info/casadatrofa/trofa9.htm [consultado em 15/11/2010].
Fotógrafo:  José Alfredo
Ano Registo Fotográfico: 2005